A habitação situa-se na encosta poente da vila, numa área em que os muros de granito definem plataformas de utilização agrícola. A forte pendente do terreno obrigou à delimitação de plataformas de acessibilidade e utilização construídas em muros de granito, dando continuidade aos socalcos da encosta, integrando e diluindo a construção.
Desenvolve-se em três pisos: cave, rés-do-chão e andar, assumindo-se na sua construção a partir do solo, a alvenaria e o perpianho de granito, depois a placagem de granito e, já no andar, o revestimento areado pintado. À medida que o volume sobressai do solo, o granito vai perdendo expressão até à sua inexistência na caixa em consola aberta à paisagem.
A casa fecha-se na traseira parcialmente enterrada e abre-se para o vale. O seu interior desenvolve-se assegurando percursos traseiros e libertando a frente para os compartimentos. A cozinha e a sala prolongam-se nos terraços exteriores e os quartos prolongam-se na varanda.

Local: Vila Pouca de Aguiar

Projeto/Obra: 1999/2002

Arquitetura: Carlos Costa Pinto

Estruturas, Águas residuais; Abastecimento de água, Águas pluviais: José Eduardo Quinteiro

Eletricidade e Telecomunicações: José Miguel Lavrador

Fotografias: CCP